quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Buscando a felicidade

Buscando a felicidade 07/01/2007

Todos nós buscamos um rumo, uma direção, um sonho. Todos nós buscamos sempre por toda a vida uma palavrinha mágica que nos faz brilhar os olhos: A felicidade. Esse substantivo tão distante tal qual a soma de céu e mar no infinito e que muitas vezes está bem perto de nós em nossos atos que, por serem simples deixamos passar por perto sem perceber.

Sem perceber... o sorriso do amor que está próximo, a lágrima de alegria quando se vence alguma dificuldade... a respiração profunda de um dia agitado com clima de missão cumprida. As contas pagas, a gasolina no carro, a viagem tão planejada e sonhada enfim, a felicidade.

Mas, o que é mais interessante a ser observado na nossa vida é a busca incessante de um sentimento considerado tão longe, mas que está sempre por perto. Guimarães rosa em seu livro Tutaméia, no conto Barra da Vaca nos conta simplesmente: Felicidade se acha é em horinhas de descuido.

Essas horinhas na nossa vida? Será que podemos rememorar quantas tantas e muitas nos foram dadas ao longo do tempo e nós, deixamo-las escaparem entre os dedos. Horas de brigas, discussões, preguiça, tristezas... Agora não! Façamos uma reflexão ora, ora! Já chega de gastar tempo com bobagens, miudezas, tristezas, invejas, angústias...

“O tempo é a vida da morte: imperfeição.” diz Nosso autor Guimarães Rosa em Grande Sertão: Veredas, obra prima de nossa literatura moderna. Como? O tempo passa e aproxima-se da morte e é imperfeito. Não podemos medi-lo, determiná-lo, conduzi-lo, controlar o tempo é o mesmo que imaginar o que nos espera em outros espaços, planetas, fundos de oceanos... Mistérios.

Por isso faz-se a vida da morte com o tempo: ele age! Ele é ação e essa ação constante em nosso tempo é buscar felicidade: numa casa, num carro, numa viagem, num curso de vestibular, numa geração de um filho..., na condução de nossas empresas, famílias, casas, amizades, vizinhança, etc.

Nós temos todos os dias espetáculos que geram sorrisos – e conseqüentemente: geram felicidades em horinhas de descuidos: nascer o sol, por do sol, pois ele volta no outro dia, dormir e acordar todos os momentos, abraçar... Pedir desculpas também é uma horinha de descuido que traz e faz uma felicidade tão saborosa!

Saibamos fazer como os poetas árcades: Aproveitar o tempo! Nosso Carpe Diem é sempre, é já, agora! Assim nestes minutinhos de felicidade, possamos ter uma felicidade constante e diária, tornando-a viva e não distante como a linha do horizonte. Amando mais, somando mais, respeitando mais e o menos? Deixemos o menos de lado! Somemos!

Aproveitar o tempo com vida! Essa é a verdadeira busca da felicidade concreta: a felicidade HOJE. Buscando a felicidade não para amanhã ou ano que vem ou daqui a pouco – busque-a agora imediatamente, e seja muito feliz!

Por: Ivan Nascimento, Professor e Radialista.

Apresentador programa Tenda Literária 2as 4as 6as às 21h na

Fundação Educativa Salesiana Pe. Cícero FM 104,9Mhz

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